Na terça-feira, dia 20 de março, foi promovida uma audiência pública pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher, cujo foco principal foi: a falta de estrutura e recursos para o atendimento de mulheres que são vítimas de violência e o crescimento do número de agressões no país.
A representante da Secretaria Nacional de Enfretamento da Violência Contra a Mulher, Aparecida Gonçalves, destacou nesta audiência que o Brasil não está preparado para enfrentar o problema e criticou a falta de investimento por parte do poder público, para aumentar os serviços oferecidos às vítimas de agressão. Hoje no Brasil existem 963 unidades de atendimento à mulher, incluindo delegacias, centros de referências, juizados, varas adaptadas e abrigos, sendo que destas unidades, 129 delegacias estão localizadas somente em São Paulo, mas infelizmente esse número ainda é pouco para a população, pois no nosso país não temos serviço especializado para atendimento as mulheres nem em 10% dos municípios brasileiros. E os dados continuam: 40,6% das vítimas de agressões sofrem há pelo menos 10 anos com o problema, sendo que em 58,6% dos casos a violência é diária, classificando o Brasil como o 12º em taxa de homicídio feminino no mundo, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde.
Os dados estão cada vez mais gritantes e como disse Aparecida Gonçalves, “A violência contra as mulheres não é só um problema de segurança pública, de saúde pública ou de assistência social. Ela também é um problema de educação, de trabalho e renda e de cultura...”, portanto não devemos nos calar diante de tanta violência que cresce a cada dia, devemos lutar e nos organizar por uma mudança da sociedade! Chega de violência e opressão contra as mulheres! Viva o socialismo!( Reportagem extraida do MOvimento Ólga Benário..Por um PAIS MAIS JUSTO E IGUALITÁRIO PARA AS MULHERES..
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